sábado, 27 de dezembro de 2008

Sinuca, de bico

Inspirada, quase que instintivamente
Acerta as bolas, sob o olhar atento.

Jogadas,
Às vezes impulsivas, ansiosas:

Suicidas.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Amortecendo

Enterrar os corpos, antes vivos, matéria viva, agora morta.

Desfazer-se das relações (aparentemente) objetivas
Despir-se das sensações, amor e ódio
Despedir-se:

Do Ser,
Do Ente.

sábado, 6 de dezembro de 2008

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Amigos ocultos no espaço do tempo
Marcado
De encontros afetos e cantos

Conversa afiada no vento…
Intervalo
De pensamento.

Confraternizações de vida:

Acontecendo.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Presença ausente

Amigas distantes
no espaço.
Amigas no instante
do tempo.
Somos juntas nessa vida
que, transitória,
nos ensina.

Escolhas,
Vivências.
Fortalecer-se com nossa própria potência!

sábado, 15 de novembro de 2008

Sendo, Um.

Unir dois mundos
Com um Amor possível
Atravessar fantasiosas barreiras
E inquietantes pensamentos.
Aceitar as diferenças
Sendo, junto.
Acostumar-se com o tempo
Existente nas profundezas
Da vida,
Em outro momento.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Visita médica:

"- Oh Doutora! Sua visita é que nem remédio.."

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O Corte (para meu pai)

A palavra dita, com goles de ar.
Respirando, pleno, lúcido...
Força e prazer para enfrentar a vida.
Nua.
Crua.
Corte e Costura.
Pensamentos incessantes, anestesiados
com o doce amargo de cada instante.
Realidades que se misturam, drenam-se
Acontecem.
São.
Mente inquieta, afoguetada, vermelha
Sangue.
Tato, saliva, lágrima, olhar...
Frequências de Amor, pulsos firmes fortes.
Um broto no caos,
no Cosmo.
Somos um.
Estamos juntos.
Até já!
Clínica São Vicente – 29/30 – out - 2007

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Visceral

Internalizar,
Saber.
Sem ser com a razão.
Saber com a alma.
Como?
Como deixar descender o pensamento cíclico?
Deixar distribuir-se de outras formas,
Vivenciar, o já entendido (com a razão),
No íntimo oco maciço
Das vísceras.
Ah! Que maravilha ser
Vivo.

domingo, 2 de novembro de 2008

E se...

Não gosto de pensar nesses " e se..."
A vida passa num instante.
Esse eterno retorno ao que " não aconteceu" gera angústia e dor sufocada no peito.
Gera pensamentos fantasiosos e uma sequência de fatos impalpáveis.
Gosto do palpável, e desejo buscar sempre o "real" acontecer:
o beijo doce, o abraço quente, a palavra dita, a lágrima escorrida, o mergulho salgado...
enfim, buscar a vida e retornar sempre ao que aconteceu, sem "ses..." e "se nãos..."

Amo viver.
Viva nossa existência, efêmera.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Objetivo subjetivo

Amargo corpo enfermo sobre a cama, sob os cuidados de aprendizes seres em treinamento.
Ciência inexata, descobrindo-se com o tempo...
Vulnerável entrega no delicado momento da dor. Como permitir que outro ser, desconhecido, inspecione, palpe, ausculte, percuta seu íntimo corpo?
Díficil e necessária entrega.